segunda-feira, 4 de outubro de 2021

domingo, 18 de novembro de 2018

domingo, 15 de dezembro de 2013

O IRMÃO DE JESUS



O Irmão de Jesus é todo aquele:
  • que simplifica a existência pelo padrão da manjedoura de Belém ou pela carpintaria de Nazaré, honrando a humildade e o trabalho;
  • que serve, com a mesma despreocupação pela recompensa imediata com que o Divino Amigo amparou a humanidade inteira;
  • que ajuda, perdoando tantas vezes quantas forem necessárias, compreendendo, pelos métodos do Senhor, que ninguém pode trair a Lei, no tempo e na consequência, na evolução ou no mérito individual;
  • que ensina, com as demonstrações do exemplo, no mesmo critério por Ele adotado, à frente da multidão;
  • que ama e se sacrifica pelo bem de todos, dentro das mesmas medidas de renúncia, através das quais o Celeste Embaixador aceitou, sem revolta, o supremo testemunho na cruz.
Sem essas características, na posição em que nos movimentamos perante o próximo, somos devedores, beneficiários, aprendizes, seguidores ou verdugos D'Ele, que ainda não passamos de candidatos ao título de Irmãos do Senhor, na romagem dos séculos sem fim...

André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Cartas do Coração. Primeira Parte. Doutrina Cristã em Prosa. Página 37.




ALGO MAIS NO NATAL

Senhor Jesus!

Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo à fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro de tua paz;
a palavra da Boa Nova
e a confiança no futuro!…
Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!…
Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

XAVIER, Francisco Cândido. À Luz da Oração. Pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mais um Pouco



Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio nos poupará enormes desgostos.
Quando fores tentado a examinar as consciências alheias, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência nos livrará de muitas complicações.
Quando o desânimo impuser a paralização de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-nos-á bênção de luz.
Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o entendimento mais um pouco e não sofreremos o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.
Quando a lição oferecer dificuldades à tua mente, compelindo-te à desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será clara resposta à nossa expectativa.
Quando a idéia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-nos-á alegria perene.
Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao nosso campo de ação.
Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue auxiliando aos outros, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.

Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco mais de paciência, amor, renúncia e boa vontade, em favor de teu próprio bem-estar.
O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte do aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco.
Xavier, Francisco Candido. Da obra: Apostilas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. 5 edição. Araras, SP: IDE. 1993. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PASSANDO PELA TERRA




Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.

Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.

Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.

Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.

Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.

Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.

Levanta os caídos e ampara os que tropecem.

Não te lamentes.

Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.

Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.

Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.

Auxilia ao outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado.

Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior.

Louva, agradece, abençoa e serve sempre.

E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.


(Do livro "Calma", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 28 de junho de 2011

TERAPIA DA SOLIDARIEDADE



A senhora, culta e nobre de sentimentos, dispondo de algum tempo livre, resolveu aplicá-lo de forma útil.


Como o índice de suicídios na cidade onde residia era elevado, dedicou-se ao edificante trabalho de atendimento do S.O.S-Vida, serviço telefônico para os candidatos ao autocídio.


Submeteu-se ao treinamento e, três vezes por semana, dedicava duas horas deseu dia, à relevante tarefa.


Em uma ocasião, foi surpreendida por uma voz feminina amargurada e nervosa, que dizia: “pretendo matar-me ainda hoje. Antes de fazê-lo, quis comunicar minha decisão a alguém. Por isso, estou telefonando.”


Fiel ao compromisso de não interferir no drama do cliente, manteve-se serena, indagando: “acredita que eu possa lhe ser útil?”


Com azedume, a paciente reagiu: “ninguém pode ajudar-me, nem o desejo.

Odeio o mundo e as pessoas.

Sou uma infeliz e pretendo encerrar esta existência vazia.”

Como a senhora permanecesse em respeitoso silêncio a sofredora continuou sua narrativa.

“Sou rica. Resido em uma bela mansão, no melhor bairro da cidade.

Tenho dois filhos: um homem e uma mulher, ambos casados e pais, que já me deram quatro netos.

Sou membro da alta sociedade, freqüento ambientes luxuosos e requintados.

Tenho tudo o que o dinheiro pode comprar.

Mas sabe o que mais me irrita?

Pois eu lhe digo: em minha casa disponho de duas linhas telefônicas.

Sempre que a campainha soa e vou atender, trata-se de ligação errada.

Ou seja, ninguém se preocupa comigo.

Terminados os encontros formais, sociais, ninguém é meu amigo!”

“Então” – interferiu a senhora com habilidade – “permita-me telefonar-lhe uma vez ou outra.”

“Com qual interesse?” – perguntou a outra incrédula.

“Eu necessito de uma amiga.” – respondeu serenamente.

Fez-se silêncio por um instante.

“Mas você não me conhece.” – redargüiu, mais calma, a sofredora.

“Isso não é importante. Vou conhecê-la depois.

Forneça-me o número de seu telefone, por favor.” – insistiu a senhora.

“Não tenho o hábito de dá-lo a estranhos.” – respondeu um tanto contrariada.

“E como deseja, então, que a procurem?”

Depois de um instante de hesitação, ela cedeu e informou seu nome e número telefônico.

Dois dias depois, a atendente telefonou para a desconhecida.

Conversaram sobre assuntos gerais.

A experiência repetiu-se muitas vezes.

Após alguns meses, resolveram conhecer-se pessoalmente em um café, e se tornaram amigas.

Hoje, ambas trabalham no S.O.S-VIDA e o telefone, quando toca, é alguém pedindo socorro, no que sempre é oferecido com carinho.

Aprendeu a amar.

Tornou-se útil e solidária.

Curou-se da solidão que a consumia e torturava.

***
Recebe amor aquele que o doa.

Muitas vezes não o recebe da pessoa a quem o oferta. Isso, porém, não é importante, desde que ame.

A solidão é doença que decorre do egoísmo.

Quando alguém se dispõe a sair da concha do “eu”, enriquece-se de amor e de solidariedade.

Fonte: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro “Sob a Proteção de Deus”, de Divaldo Pereira Franco, texto ditado pelo Espírito Ignotus, cap. “Terapia da Solidariedade”, pp. 23/25, ed. Leal, 1994.